Sociólogo debate a presença do racismo na sociedade durante a Semana da Consciência Negra |
![]() |
![]() |
![]() |
Qua, 23 de Novembro de 2016 11:01 |
Para o sociólogo, o debate sobre as questões ligadas aos negros e ao racismo permite refletir sobre o porquê da população negra ter sido excluída, ainda que seja maioria no país. “A Semana da Consciência Negra não é para entendermos a consciência do negro, mas sim para entendermos na nossa consciência o que é ser negro no Brasil, um país que foi construído com base no trabalho negro e que continuou a exercer a escravidão mesmo depois da abolição”, destaca.
Entre os fatores que influenciam na manutenção do racismo estão a “invisibilidade” e o “silenciamento” praticados na sociedade. “A invisibilidade social do negro não é 'não enxergar o negro na rua', mas significa que 'não queremos ver o negro'. Nós naturalizamos a ausência do negro em vários espaços. Naturalizamos que não existam médicos negros, juízes negros. Naturalizamos que a ausência do negro num país como o Brasil seja algo tranquilo, mas é algo problemático. Já o silenciamento é a ausência do debate constante das questões raciais, sendo tratadas sempre como algo periférico. Há o silenciamento quando não falamos dos negros compondo a sociedade brasileira, das injustiças e dos problemas que eles vivenciam”, explica Ferreira.
Clique aqui e confira fotos da Semana. Assista também a um vídeo com um trecho da palestra do sociólogo.
|